So!
Como tudo deve ter um aprendizado a partir das obrigações impostas pela minha cabeça, e como, parece ser o certo e legal, vamos pra mais uma.
Sabe, é meio estranho a sensação de sair, talvez porque seja a primeira vez que eu saia de um trabalho. "Trabalho", sei lá, nem somos estagiários, apesar de nos referirmos a nós mesmos como se fôssemos... bolsistas, that's what we are. E o salário que não sái, né?
Mas isso não é o mais importante... o mais importante... hm...
Sinceramente? As pessoas aqui.
Eu não aprendi muita coisa específica de trabalho, vamos ser sinceros, aqui é basicamente dinheiro de graça. Dá pra trabalhar bastante mas conforme você se acostuma com a "gestão", bem... você vê que não dá pra levar a sério. É foda.
Vou sentir um pouco de falta dos momentos legais mesmo, não de tudo obviamente já que aqui também há pessoas que eu não faço a menor questão, nunca deram uma mísera razão para tal. Bom, vamos falar do que importa.
E o que importa nem foi exatamente aprendido, mas é bom deixar registrado, tem muitas coisa que a gente sabe, mas só vendo na prática mesmo pra ficar na cabeça.
Lá vai.
Eu aprendi, que não é porque as pessoas tem assuntos diferentes e costumes diferentes que nunca poderemos ter alguma relação com elas. Muito menos elas nos odeiam, pelo menos se forem ocasiões normais.
As pessoas com quem eu mais me relacionei aqui frequentam lugares nos quais eu dificilmente me sinto em casa, mas sabe que sair com eles foi divertido? Was fine.
Aprendi que gente estúpida vai ter em qualquer lugar, e eles vão pegar no seu pé mesmo que você não dê motivo algum. Suckers.
Aprendi que é muito mais eficaz, pelo menos pra mim, usar do diálogo cordial para cobrar tarefas, quando se está na posição de chefe. Eu não tinha argumentos pra enfrentar o Trevor, estava protelando e era simplesmente isso. Se ele tivesse chegado com todas as facas na mão eu poderia ter apelado, mas da forma como ele perguntava o que tava acontecendo, po, na boa, não dava. O cara manda muito. E é foda que por ele ter esse comportamento vai ter muita gente que vai simplesmente achar que é moleza e daí não fazer nada. E com isso, acabamos por impulsionar a criação de mais um chefe otário que descarrega suas frustrações nos seus subordinados porque eles só respondem na porrada...
Well, let's hope for the best, shall we?
É sempre um aprendizado importante, ver que as pessoas às vezes não são só aquilo que você via à primeira vista. Pessoas que eu julgava meio toscas por serem... hm... diferentes, digamos assim, tinham outros lados, e nessa virada dá pra ver que são bons amigos.
Aprendi que notas baixas não mostram muita coisa. Gente inteligentíssima reprova. E há outras formas de ser inteligente.
Eu não sei direito como proceder aqui, então vou falar nomes. Não de todos, sei lá, vou falar das pessoas com quem eu passei mais tempo. Um dos caras mais bacanas daqui com certeza é o Alessandro, hands down. O cara é extremamente prestativo, tranquilo, interessado. Uma das pessoas que eu julgava ser totalmente diferente do que realmente é. Deijaval, bom. É o cara mais engraçado daqui, eu achava que ele era totalmente fútil. Tenho que pedir desculpa, ele é gente fina pra caramba e conversa de muitas outras coisas, longe de falar só besteira. E como podemos ver, se preocupa pra caralho com os amigos.
O Trevor me falou pra escrever sobre os pontos positivos e negativos do trabalho dele, hm... eu não sei direito. Talvez ele pudesse tomar uma atitude mais agressiva com relação à atrasos repetidos. Mas não tem muito o que fazer, aqui, se o cara não quer render, ele não vai render.
Conheci muita gente divertida e me surpreendi vendo que não é tão difícil achar pessoas com gostos parecidos com os meus (não muitos de uma vez, mas só um pouco já é algo).
Eu vou me despedir direito de todo mundo aqui, mas deixo registrado isso: Valeu. Valeu mesmo.
Não falei tantos nomes no fim das contas mas eu espero que aqueles que conversaram mais comigo saibam que as coisas positivas valem pra eles também.
Foi divertido, no fim das contas.
E não é o fim também, tenho o contato e ainda dá pra marcar umas saídas sinistras.
"Só o ouro!"
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