Às vezes parece que dá certo.
O caminho tá ali, basta você seguir, é você e só você.
É assim que eu gosto, não depender dos outros é fantástico.
Às vezes...
Às vezes eu não sei direito.
Daí eu erro.
Às vezes eu caio.
Daí me perco e tenho que remontar todo meu castelo de cartas.
Às vezes eu me pergunto.
Por que foi que eu me dei o ás de espadas?
Às vezes, a pergunta parece fazer sentido...
É um voto de confiança.
Você não passa de um cinco de ouros ou copas.
Mas às vezes, você é o ás de espadas.
Às vezes eu me pergunto se isso vale a pena.
Nada parece valer muito quando você olha friamente.
Às vezes eu sou mais frio do que devia ser...
E vejo que não consigo mais ver.
Às vezes até me esqueço que tenho amigos ao meu lado.
Não é culpa deles, é que...
Às vezes eu quero mais do que o mundo simplesmente pode dar.
Daí eu crio um mundo só meu, só eu posso vê-lo.
Às vezes ele requer que eu me separe do mundo real.
E eu vejo que vou ficando distante.
Às vezes acho que eu sou lunático.
Mais do que o normal, no caso.
Às vezes eu volto pro mundo real e vejo as pessoas felizes.
Fico feliz por elas, mas...
Às vezes dói.
E aí eu uso toda essa inveja pra criar alguma coisa que seja só minha.
Às vezes eu paro pra pensar...
Sobre isso, claro.
Às vezes eu vejo que nunca vou sair desse ciclo.
E aí quero destruir todos que estiverem ao redor.
Mas, às vezes, dá certo.
E eu posso ver seu sorriso.
Às vezes, eu sorrio.
Um comentário:
uau.. esse texto é bem o tipo de coisa que eu mesma escreveria.
queria poder favoritar essa postagem! gostei muito!
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